A solidão é a palavra companhia do inexistente, dolorosa que às vezes é necessária e alguns optam por ela. Um vazio imensurável que corrói a alma dia por dia. É o nada e o vazio gritando dentro de si. Um filho solitário que enterrou a mãe viraliza na Web. Na era dos (curtir, comentar, compartilhar), postar e se mostrar que nessa hora surgiu para amparar o pobre senhor.
Pessoas com deficiências e doentes que são abandonados e marginalizados pela sociedade. E os rótulos que nunca foram tão expostos na mídia. Passam nesse inóspito lugar de selvageria, solidão, decepção e tristeza.
Em prol da comunidade em que vive o ser humano tem que ajudar e ser ajudado, em cooperação. O que acontece hoje. Os meios de comunicação promovem uma guerra cibernética. Na luta pelo conhecimento, pra ver quem tira mais fotos, quem vive mais e tem poder.
O capitalismo nunca foi tão desumano e que a informática e as redes sociais estão escancarando a indústria. O tempo checado nas mídias não serve para nada. Várias postagens positivas estão na janela e não há direção. Cada link leva a um caminho que imediatamente leva a outro.
No post do senhor solitário só havia o motorista da funerária para receber apoio. Na solidariedade houve compartilhamentos e viralizou. O abraço e o afeto que não podem ser substituídos por curtidas e comentários. Estar presente e conversar pessoalmente é o que deveria ser motivos para estar feliz.