Para impedir que imigrantes mexicanos e de outros países da América Latina entrem nos EUA ilegalmente, o atual presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, promete, desde o início de seu mandato, a construção de um muro.
Segundo ele, a entrada de imigrantes ilegais pelas fronteiras do México com os EUA está relacionada à taxa de homicídios e desemprego no país e, por conta disso, a construção para impedir a chegada desses “invasores” torna-se essencial.
Contudo, há uma dualidade no pensamento americano sobre o muro, algo controverso, já que apesar de barrarem os imigrantes ilegais mexicanos, estão sempre focados em trazer empresas multinacionais para a área da fronteira e proximidades.
Para completar o raciocínio do republicano e conservador Trump, ele acredita que o muro deve não apenas ser construído, como pago pelo governo mexicano.
O controverso Donald Trump tornou-se presidente meio a uma onda conservadora que está se fortalecendo pelo mundo, meio ao medo da volta do “comunismo”, mesma onda que levou Bolsonaro à presidência do Brasil.
Mas será que Trump está certo ou errado em pensar na construção do muro (não construído) mais famoso do mundo?
Quando pensamos em globalização, acredito que estamos pensando na unificação dos povos e suas culturas, mas quando falamos em muro, pensamos apenas em uma separação geográfica. Enquanto a tecnologia nos permite a conexão mais próxima com povos de outros países e culturas, conservadores como Trump acreditam que países superiores, como os EUA, devem se desvincular territorialmente de outros povos.
Será que os imigrantes ilegais que entram nos EUA são homicidas como o presidente sugere? Será que os imigrantes ilegais tomam à força os empregos de americanos ou simplesmente prestam serviços subalternos que os nativos não têm interesse em prestar?
Sem dúvida, o discurso de Donald Trump é xenofóbico e inapropriado. A construção de um muro representa um preconceito gigantesco e não somente uma separação territorial entre Mexico e EUA, mas uma separação de raça, credo e cultura. Afinal, a maior parte dos estadunidenses sempre se achou superior aos seus irmãos da fronteira e a outros povos menos desenvolvidos economicamente.
A mensagem que fica a partir deste episódio é de que ao nos sentirmos superiores aos outros, muitas vezes cometemos injustiças e até somos emissários de preconceitos tolos. A humildade de reconhecer que necessitamos uns dos outros e de que somos todos iguais (supostamente) é muito mais valiosa do que a prepotência.
Assim como os EUA, em nossa perspectiva, existem pessoas que agem da mesma forma com outros semelhantes. Ajam diferente, afinal, os mais fortes devem olhar pelos mais fracos.